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Quando o assunto é chocolate, a diversidade que encontramos no mercado é enorme — e nem todo chocolate é igual. Entre as opções, o chocolate bean to bar e o chocolate industrializado podem parecer similares à primeira vista, mas suas histórias, sabores e impactos são mundos à parte. Vamos juntos desvendar essas diferenças que vão muito além do sabor e entender como elas influenciam sua saúde, o meio ambiente e a justiça social.

O chocolate bean to bar nasce da dedicação artesanal que acompanha o cacau desde o grão até a barra final. Cada etapa — da seleção cuidadosa das sementes, à torra, moagem e mistura — é feita com precisão para garantir um produto final puro, autêntico e cheio de personalidade. Já o chocolate industrializado é resultado de misturas prontas, em que o cacau é apenas um dos muitos ingredientes que compõem um produto feito em larga escala.

Na prática, isso significa que o bean to bar carrega uma maior porcentagem de cacau e menos açúcar, entregando um sabor intenso, complexo e menos doce — aquele tipo de chocolate que conta histórias no paladar. Em contraste, o industrializado é mais adocicado, com menos cacau de qualidade e um sabor mais genérico e uniforme.

Além do sabor, há um grande diferencial na ética e na sustentabilidade da produção. Pequenas fábricas e artesãos que fazem bean to bar costumam se preocupar com a origem dos grãos, apoiando comunidades produtoras e práticas sustentáveis. Grandes indústrias, focadas na produção em massa, muitas vezes ignoram esses valores, contribuindo para impactos sociais e ambientais negativos.

E quando falamos de saúde, o cacau presente no bean to bar é uma fonte poderosa de antioxidantes como flavonoides e polifenóis — aliados que ajudam a proteger o coração, melhorar a função cerebral e aumentar a sensação de bem-estar. O chocolate industrializado, por outro lado, frequentemente traz altas doses de açúcar e gorduras trans, responsáveis por calorias vazias e riscos para doenças crônicas como obesidade, diabetes e problemas cardíacos.

Escolher um chocolate bean to bar é, portanto, optar por um prazer que respeita seu corpo, sua mente e o planeta. É uma decisão que vai além do sabor: é um compromisso com a qualidade, a ética e a sustentabilidade que o chocolate merece ter.

Na próxima vez que sentir vontade de um chocolate, que tal experimentar essa experiência completa e consciente? Seu paladar — e o mundo — agradecem.

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Em Maio de 2022 fizemos uma imersão na floresta Amazônica com a Luciana Monteiro e Cesar De Mendes onde conhecemos a comunidade ribeirinha Acará-Açu no Pará.  Foi uma experiência incrível e enriquecedora, que nos deu uma visão ainda mais profunda da produção de Cacau e do impacto que ela tem na vida das pessoas e no meio ambiente.

Ao chegar na região ficamos impressionados com a beleza da floresta Amazônica e com a riqueza de sua biodiversidade. Tivemos a oportunidade de carregar um bicho preguiça! O Cacau é um verdadeiro tesouro da Amazônia, pois é o único lugar do mundo onde é possível encontrar Cacau nativo.

Apreciamos o Cacau nativo, colhido direto do pé e cultivado pela mãe natureza, aquele que já era consumido pelos povos Olmecas a mais de dois mil anos atrás. Também acompanhamos todo processo de colheita, de fermentação e de secagem das amêndoas de Cacau. E claro, aproveitamos para fechar uma parceria com o Zeno Gemaque, líder daquela comunidade ribeirinha na produção de amêndoas de Cacau.

Zeno nos mostrou como é feita a produção de Cacau na região, a partir da colheita dos frutos e a extração do cacau. Tivemos a oportunidade de ver o processo de fermentação e secagem das amêndoas de Cacau, o que foi muito interessante. Ficamos surpresos com o cuidado e a atenção que Zeno dedica a cada etapa do processo, garantindo que o Cacau produzido seja de alta qualidade e sustentável. Foi uma conversa muito reveladora e nos deu ainda mais motivação para continuar trabalhando em nossa missão de promover a produção de Cacau sustentável e a criação de chocolates bean-to-bar de alta qualidade.

A fermentação e a secagem são dois processos importantes na produção de chocolate bean to bar, pois afetam a qualidade e o sabor do chocolate final. Durante a fermentação, as amêndoas de Cacau são colocadas em caixas de madeira para fermentar por cerca de cinco a seis dias. Este processo remove a mucilagem das amêndoas, além de criar um sabor mais complexo e profundo. É importante monitorar a temperatura e a umidade durante a fermentação para garantir que o processo ocorra de forma eficiente e consistente.

Após a fermentação, as amêndoas de Cacau são secas ao sol ou em estufas para remover ainda mais a umidade. Isso ajuda a preservar as amêndoas e a garantir que elas estejam prontas para o processo de torrefação. Novamente, é importante monitorar a temperatura e a umidade durante o processo de secagem para garantir que as amêndoas não fiquem muito secas ou úmidas.

Mas não é só o processo de produção que nos deixou impressionados. Quando degustamos o Cacau ficamos maravilhados com as suas características sensoriais únicas. O Cacau da Amazônia é conhecido por ter notas frutadas, um toque de especiarias e um final suave e aveludado. É realmente uma delícia!

Trouxemos na bagagem muito conhecimento e motivação para continuar produzindo chocolates de qualidade, de forma sustentável e responsável.